UM PAÍS NÃO DEVERIA EXPORTAR ÀQUILO QUE O POVO SENTE FALTA.
Um país não deveria exportar aquilo que o próprio povo sente falta, ou que não traga benefícios maiores do que os prejuízos da sua ausência. Em Moçambique, por exemplo, faltam carteiras nas escolas, mas a madeira, matéria-prima essencial, continua a ser exportada em bruto. Se fosse aproveitada localmente, poderia gerar empregos, dinamizar a economia interna e responder a necessidades básicas da população.
A questão central é: por que entregar matéria-prima sem valor agregado, quando ela poderia ser transformada em produtos acabados dentro do próprio país? Ao exportar recursos em bruto, perde-se a oportunidade de fortalecer indústrias locais, criar postos de trabalho e reduzir a dependência de importações.
Deveria existir, inclusive, uma norma clara e universal que proibisse a exportação de bens que fazem falta no país ou que podem ser transformados em produtos finais internamente. Não faz sentido enviar para fora aquilo que poderia sustentar o desenvolvimento nacional, ao mesmo tempo em que se importa aquilo que se poderia produzir localmente.
Enquanto essa lógica não mudar, Moçambique continuará a ser um país rico em recursos, mas pobre em benefícios para o seu próprio povo.
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